A SELFIE DA VIDA

Selfie é uma fotografia, geralmente digital, que uma pessoa tira de si mesma (autorretrato). A palavra vem da adição ao substantivo self (em inglês "eu", "a própria pessoa") do sufixo -ie ("-inho(a)"), resultando "euzinho(a)". Foi considerada a palavra internacional do ano de 2013 pelo Oxford English Dictionary. (Segundo o Wikipédia)

E se você fizesse uma “Selfie da Vida”, da sua vida? O que veria? Qual a imagem? Qual o lugar?

Mais adiante falarei sobre isso. Agora quero contar o motivo que me levou a escrever sobre “selfie”. Não tenho o hábito de fazer esse tipo de foto, também não tenho nada contra. Muito pelo contrário, nas redes sociais vejo e curto várias “selfies” que acho bacana. Só não é muito a minha cara fazer isso. E a “selfie” tem que ser justamente a nossa cara, não é mesmo? Mas vamos lá... o motivo...

Hoje estava esperando o elevador no prédio onde moro e já havia uma pessoa esperando antes de mim. Chegaram dois elevadores ao mesmo tempo e quando a porta daquele em que estávamos na frente abriu, eu dei a preferência para a outra pessoa e eu entraria depois. Mas ela me disse: Pode ir nesse, eu vou no outro porque quero fazer uma “selfie”.
Então foram usados ao mesmo tempo dois elevadores, cada um com uma pessoa, o que já não é legal, devido a consumo de energia e tal... mas isso obviamente não era uma preocupação naquele momento.

Estando só no elevador, pensei: também vou fazer uma “selfie”. Quero ver qual é a sensação, qual o objetivo, e principalmente que uso vou dar para essa foto depois. E fiz!
Não pensei muito sobre essa fotografia em si, mas me despertou um pensamento sobre como seria se pudéssemos fazer uma “selfie da vida”.

É interessante pensar nisso. Nessa “selfie da vida” veríamos quem gostaríamos de ver? Do modo que gostaríamos? Com a aparência que queríamos? No lugar onde sonhamos? Talvez para algumas pessoas sim, talvez para outras não. Numa hipotética “selfie da vida” haveria uma mistura de imagens, de figuras, de rostos, de lugares. Tudo em uma só fotografia. Cada momento importante, bom ou nem tanto, estaria ali refletido.
Com essa “selfie” sim, saberíamos o que fazer. Poderíamos refletir sobre cada momento, sobre cada lugar, tentar entender o que nos fez passar por ali, estar ali, o que valeu muito à pena, o que nem tanto... O quanto feliz nós fomos, o quanto feliz nós somos. O quanto feliz eu fiz, o quanto feliz eu faço.
E nessa foto não seria possível usar photoshop, nenhum aplicativo do tipo Perfect365, não seria possível mudar o passado, mas teríamos reflexões suficientes para nos fazer pensar no futuro.

Falando por mim. Houve momentos da vida, há algum tempo, que eu pensava em como seria bom morar numa bela praia. Imaginava acordar pela manhã, abrir a janela, olhar o mar, sair para correr na areia, voltar para casa, tomar um suco e comer frutas, e depois.... depois... Bom... depois eu pensava que isso era muito legal de fazer nos períodos de férias. Sempre me achei muito urbano. Sei lá, acho que tem gente que precisa de “stress”. Um pouco pelo menos. E acho que sou um desses. Preciso de ocupação, preciso de correria, preciso de debate, de embate, e não gosto muito de empate. Acho que às vezes uma derrota dói mais que um empate, mas também deixa muito mais ensinamentos, aprendizados. O empate acomoda. Sei lá... apenas penso que é assim.

Então na “selfie” da minha vida apareceriam algumas imagens da praia, muitas imagens de alguns amigos, família, muitos debates, alguns embates, poucos empates. Apareceriam conquistas e certamente apareceriam perdas, pois assim é a vida, apareceria felicidade, e algumas tristezas, ao contrário das “selfies” normais que só retratam alegrias.
E na “selfie” da minha vida eu acredito que veria muita coisa para festejar, agradecer, e alguma coisa que poderia querer mudar, mas não seria possível. A “selfie” da vida é muito real, imutável. Haveria convicções, haveria arrependimentos, porque na vida real é assim. O que interessa é o valor que damos a tudo.
Acredito que o importante é sabermos valorizar tudo que é bom, as boas ações, as boas pessoas, os bons momentos. Daquilo que não gostamos tanto devemos apenas tirar algum aprendizado, sempre tem, sempre aprendemos algo, mesmo nas dificuldades, e, talvez, principalmente nelas.
Seja na família, seja com amigos, seja no trabalho. Os bons momentos são para lembrarmos e curtirmos sempre, e as dificuldades é que nos farão mais fortes, nos ensinarão a sermos melhores a cada dia, a valorizarmos cada momento, cada pessoa.
A “selfie da vida” poderia nos mostrar o que queremos que apareça na próxima foto, e o que queremos que fique só na anterior. O que queremos acrescentar e manter para a próxima “selfie”, e o que queremos deixar no passado.
E se chegarmos à conclusão que a maioria das coisas, pessoas, lugares, que aparecem na “selfie da vida” hoje, queremos que estejam na próxima, então saberemos que a nossa “selfie da vida” é uma “selfie” normal, como essas que todos fazem, pois reproduz a felicidade.
À partir daí basta estabelecermos novos objetivos, novos desafios, conquistar... e preparar a próxima “selfie” que será ainda melhor.

Na foto de hoje quero estar melhor do que na de ontem, e pior do que na foto de amanhã. Sempre!

E na "selfie" da sua vida? O que apareceria? E daqui a 10 anos, o que aparecerá?

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